quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mais da metade dos alunos saem do 3º ano sem saber Matemática

Por: odiario.com


A prova foi aplicada no 1º semestre a cerca de 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais e é uma parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro /IBOPE, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Os resultados foram apresentados na escalas do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), de 175 pontos. Ao atingir essa marca, o aluno consegue, em leitura, identificar temas de uma narrativa, localizar informações, identificar características de personagens e perceber relações de causa e efeito. Em matemática, com a pontuação eles conseguem dominar a adição, subtração e resolvem problemas que envolvem notas e moedas.

Em leitura, o desempenho dos alunos foi de 185,8 pontos na escala Saeb - 56,1% do total das crianças aprenderam o que era esperado. 

A tabela abaixo mostra a discrepância entre o rendimento de escolas privadas, em que 79% tiveram desempenho conforme as expectativas, e as públicas, em que o mesmo índice foi de 48,6%.  
Já em matemática, a pontuação foi de 171,1, com 42,8% das crianças com resultado esperado. O índice chegou a 28,3% na região Norte, a pior, e a 55% na Sul, a melhor.
 
Os alunos também tiveram de fazer uma redação, em que foram examinados os seguintes critérios: grafia das palavras, adequação às normas gramaticais, segmentação de palavras e pontuação. De uma escala que vai de 0 a 100 pontos, o desempenho esperado dos alunos de 3º ano é de pelo menos 75 pontos.

Em greve, professores estaduais fazem manifestação contra governo


Por: DN
Professores e alunos da rede estadual
realizam manifestação na Praça da Imprensa
FOTO: Mariana Fontenele/Diário do Nordeste

Em greve desde o dia 05 de agosto, os professores da rede estadual realizam manifestação na manhã desta quinta-feira (25) na Praça da Imprensa, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. Professores e alunos seguem em passeata até a Assembleia Legislativa de Fortaleza.


Segundo a diretora do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Josilma Frota, a luta dos professores não é pelo aumento do salário, mas pela implantação do piso nacional, que é de R$ 1.597,87 aos professores com ensino médio e pela adequação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da profissão.

"Não estamos em campanha salarial, mas nós estamos lutando, na realidade, pela implantação integral da lei do piso, pela adequação do nosso plano de cargos e carreira e em defesa da nossa carreira do magistério", completou.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Governo e professores se reúnem, mas possibilidade de acordo é descartada


Palácio da Abolição afirma que só reinicia negociação quando os professores estaduais encerrarem a greve que já dura oito dias. Hoje, categoria deve deliberar que greve irá continuar enquanto o Governo não ceder


Sem acordo entre as partes, a greve dos professores da rede estadual de ensino deve continuar. Após uma reunião da manhã de ontem, entre representantes do Ministério Público (MP), do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc) e da Secretaria da Educação (Seduc), numa tentativa de reaproximação, a possibilidade de acordo foi descartada.

Por um lado, o Governo do Estado afirma que só retoma as negociações se a greve for suspensa. Por outro, a Apeoc defende que a retomada do processo de negociação não pode ser vinculada à suspensão da greve, iniciada com o objetivo de provocar as negociações com o Governo. O comando de greve do sindicato defenderá hoje, em assembleia geral da categoria, a continuidade da greve, que já dura oito dias.


Por meio de nota, a Seduc informou que concordou em prosseguir com as negociações, não enviando a proposta formulada pelo Governo e rejeitada pela categoria à Assembleia Legislativa, onde passará pelo crivo dos deputados, desde que a greve seja suspensa e que as atividades escolares sejam normalizadas.

A Secretaria alega que a proposta apresentada pelo Governo aumenta a atratividade e valorização inicial da carreira, “corrigindo uma distorção histórica reivindicada pela categoria”. De acordo com a nota, o salário inicial dos docentes terá um incremento de 36,9%, em relação ao salário atual, o que beneficiaria 15.600 dos 25 mil professores ativos estatutários e temporários.

Enquanto os professores se dizem “destruídos” pela proposta apresentada no último dia 28 de julho pelo governador Cid Gomes (PSB), o chefe do Executivo estadual alega que a greve dos professores é uma “postura extrema”. “Ao meu juízo (greve) é justificável quando não há diálogo, quando não há entendimento. Não tem sido essa a postura do Governo do Estado”, afirmou Cid na última terça-feira.

Prejuízo
Segundo o vice-presidente da Apeoc, Reginaldo Pinheiro, a proposta representa um “prejuízo” para os docentes, pois não atende a todos os níveis acadêmicos. “Queremos a aplicação da lei do piso na atual carreira do magistério. Não numa nova tabela, como propõe o Governo. Essa proposta causará um esvaziamento da carreira do magistério”, afirmou.

Segundo Reginaldo, a greve só será suspensa caso o governador Cid Gomes (PSB) reabra um canal de negociação com os professores. “Foi ele quem encerrou a negociação, quando decidiu enviar a proposta para a Assembleia, sem negociar. Eles devem respeito nosso direito legítimo de greve”, concluiu.

Fonte: O Povo online/Thiago Paiva


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Professores estaduais e Governo estão longe de negociação

De um lado, os professores alegam que a proposta do governador Cid Gomes (PSB) significa uma destruição para a categoria. De outro, o chefe do Executivo estadual diz que a greve é "postura extrema" dos professores

Por: O Povo Online

Estudantes aproveitam o tempo livre das aulas
para jogar vôlei na quadra da escola
(FOTO GABRIEL GONÇALVES )
Com adesão variando entre 70% e 100% nos municípios de todo o Ceará, a greve dos professores da rede pública estadual continua e as negociações entre a categoria e o Governo do Estado não avançam. O levantamento parcial, divulgado no início da noite de ontem, é do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), que comanda a greve no interior e na Capital.

Enquanto a categoria se diz “destruída” pela proposta apresentada no último dia 28 de julho pelo governador Cid Gomes (PSB), o chefe do Executivo estadual alega que a greve dos professores é uma “postura extrema”. “Ao meu juízo (greve) é justificável quando não há diálogo, quando não há entendimento. Não tem sido essa a postura do Governo do Estado”, afirmou, ontem, o governador, na cerimônia de inauguração da nova sede do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), no Cambeba.

Ele acrescentou que o seu governo, desde o início, tem procurado pautar a relação com os servidores públicos na base do diálogo, “que não quer dizer, necessariamente que todas as demandas, todas as reivindicações, sejam atendidas. Diálogo, negociação, é você ver até onde pode ir e o outro ceder também de alguma forma. 

Então, é quando ambos cedem, quando ambos concedem”, disse.

O governador também anunciou que só encaminharia a mensagem que traz o novo plano de carreira da categoria à Assembleia Legislativa se houvesse “entendimento”. No último dia 28 de julho, no entanto, Cid havia dito que encaminharia a mensagem ainda na semana passada, quando voltaram as atividades legislativas, atitude que acabou gerando indignação nos professores.

O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, acusou o governador de ser “o único responsável pelo início da greve” e destacou que, ao contrário do que Cid vem afirmando, os professores não estão à procura de reajuste salarial, mas sim “da instalação da lei do piso e da readequação do plano de carreira da categoria”.

Enquanto isso...       

Na Escola Estadual Clóvis Beviláqua, no Centro de Fortaleza, os professores decidiram adotar a greve branca, ou seja, continuam dando aula, mas, estão liberando os alunos mais cedo das atividades em sala.

Alguns estudantes aproveitam a saída antecipada para jogar vôlei na pequena quadra da escola. “Antes, a gente só jogava um pouquinho. Agora tem mais tempo, né?”, disparam os alunos do 2º ano do colégio, entre uma jogada e outra.

Apesar de gostarem da brincadeira, eles temem que a greve geral chegue à escola. Para o aluno Carlos Augusto Marques, 17, “do jeito que a greve está, está bom. Mas se houver greve geral vai prejudicar a gente, porque vamos terminar o ano letivo muito tarde”. (Colaborou Marcela Belchior)

ENTENDA A NOTÍCIA

Desde a última sexta-feira, os professores estaduais entraram em greve em todo o Ceará.
Hoje, a partir das 15 horas, o comando de greve se reunirá no Sindicato Apeoc para definir o destino da paralisação.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Geração X e Geração Y

A Sala dos Professores é um local privilegiado para verificação de muitas situações, ela serve também como uma espécie de termômetro de como anda o relacionamento da Equipe com os colegas e dos Professores com os Alunos.

Assim é comum ouvirmos frases saudosistas do tipo: “ no meu tempo aluno não falava assim”, “ na minha época isso não acontecia na sala de aula”. Na verdade o que ocorre é que os tempos são outros, e os jovens também.

A verdade é que o nosso comportamento muda, a sociedade muda, a cultura muda, enfim, o comportamento dos adolescentes também sofrem mudanças.

E foi para entender o comportamento do jovem, que os especialistas em marketing e recursos humanos começaram a buscar respostas. Então categorizaram as gerações no sentido de explicar o que estava acontecendo.

Assim, crianças, jovens e adultos nascidos a partir de 1980 foram denominados como Geração Y. Nós, os nascidos nas décadas de 1960 a 1970 somos chamados de Geração X.

Para que você compreenda melhor, a Geração Y se diferencia porque é formada, fundamentalmente, de jovens nascidos imersos num ambiente virtual, onde tudo é muito rápido, superficial e dinâmico.

Aqui no Brasil, esses jovens são aqueles que cresceram durante os anos 90 à frente do videogame, conviveram com a internet, o computador, o celular e um vasto conjunto de aparatos tecnológicos.

Mas, saber disso em que nos afeta ? Em tudo !!!. Temos de lidar com esta Geração diariamente e é fundamental que saibamos como ela funciona, deste modo poderemos conduzir todo o trabalho pedagógico de modo mais eficaz.

Veja abaixo algumas posturas própria dos jovens desta Geração:

- São Multitarefas: fazem diversas coisas ao mesmo tempo. Estudam, ouvem mp3, escrevem no messenger e vêem TV ao mesmo tempo,

- Organizam-se em comunidades físicas e virtuais: esses adolescentes tem comportamentos coletivos e também tem valores coletivos. Basta ver quantas comunidades no Orkut falam de escolas, professores e outros alunos,

- Valorizam o nível de atualização das informações. Por isso, não basta utilizar vídeos ou acessar a internet como recurso de apoio pedagógico. É preciso que esteja claro que as informações são as mais recentes.

- Relacionam-se com a informação de forma abrangente, mas pouco profunda. São restritivos aos temas que não lhes agradam. A falta de aprofundamento é uma questão série – daí a dificuldade de ler jornais por exemplo,

- Pedem retornos constantes e querem resultados imediatos. Se acham que não estão evoluindo em determinada matéria ou assunto, logo abandonam. Demandam atenção, pois cresceram assim.

- Julgam constantemente – e vão julgar seus professores, também, a todo momento.

- Frequentemente, fogem de suas responsabilidades. Tendem a ficar na casa dos pais e acham que as soluções dos problemas do mundo estão na mão de outras gerações, não nas deles.

- São individualistas, mas não necessariamente egoístas. Costumam ser empáticos, pois estão habituados à vida em comunidade.

Já a Geração X, que é a geração que está ministrando aulas, faz tudo conforme sua visão de mundo, sempre solicitando que o jovem se enquadre em situações que não são as situações vivenciadas por eles, daí os famosos conflitos dentro da sala de aula.

A nossa Geração, denominada de X, não transita naturalmente neste mundo digital, somos como estrangeiros, e por esta razão precisamos aprender a caminhar nesse “novo mundo” em que os jovens são cidadãos.

A Geração X foi escolarizada dentro de um modelo pedagógico tradicional, que prima pela passividade, e por esta razão reproduz este mesmo modelo com as novas gerações, provocando assim os famosos conflitos de relacionamento, que nada mais são que um descompasso de linguagem e postura entre as duas gerações.


Desmotivação dos Jovens:

Levando em consideração esta enorme diferença entre as Gerações, daquela que dá aula, e aquela que assiste às aulas, fica claro que os conflitos existirão em maior escala dentro da Escola, porém a causa mais grave deste choque de gerações, é a desmotivação dos jovens que se vêem desconectados do mundo da sala de aula e totalmente conectados com o mundo lá fora.

Como resolver isso ? O Professor precisa conhecer como esta nova geração pensa e age, e depois buscar novas práticas de ensino que estejam em consonância com este público. Lembre-se: o Professor não prepara a aula para si próprio, as aulas são preparadas para que o ALUNO aprenda.

Devemos ensinar não do jeito que é mais fácil para nós, e sim do jeito que o aluno possa aprender mais e melhor. Quais adequações e ajustes você já poderá fazer para diminuir esse choque de gerações nas suas aulas ? Comente no blog.