O fim da guerra fria, a queda do Muro de Berlim (1989), o desmembramento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a criação e o alargamento da União Europeia, bem como a criação de outros blocos econômicos, mediante acordos regionais, não colaboraram para a construção de um mundo totalmente pacificado em que prevaleceria o respeito mútuo entre culturas, povos, raça, línguas e nações. Vive-se, pelo contrário, um clima de terror através de atos terroristas motivados pelo ódio contra tudo o que é ideologia ou cultura ocidental, sobretudo, tudo o que se refere aos Estados Unidos da América (EUA), considerados pelos radicais muçulmanos como o grande Satanás, o símbolo da perdição e da disseminação de antivalores.
É imperioso frisar nesse contexto de acontecimentos mundiais que, segundo Hannah Arendt (1992)1 , os aspectos do mundo moderno e de sua crise se revelaram na crise educacional, isto é, quais são os motivos reais para que, durante décadas, se pudessem dizer e fazer coisas em contradição tão flagrante com o bom senso? (p.234)
De fato, para Arendt, uma crise na educação seria um motivo de preocupação e de instabilidade na sociedade moderna. Trata-se de uma questão de responsabilidade porque educa-se para a vida , evitando-se a destruição.
Sobre o papel relevante de educação, Hannah Arendt afirma:
É imperioso frisar nesse contexto de acontecimentos mundiais que, segundo Hannah Arendt (1992)1 , os aspectos do mundo moderno e de sua crise se revelaram na crise educacional, isto é, quais são os motivos reais para que, durante décadas, se pudessem dizer e fazer coisas em contradição tão flagrante com o bom senso? (p.234)
De fato, para Arendt, uma crise na educação seria um motivo de preocupação e de instabilidade na sociedade moderna. Trata-se de uma questão de responsabilidade porque educa-se para a vida , evitando-se a destruição.
Sobre o papel relevante de educação, Hannah Arendt afirma:
Basicamente, estamos sempre educando para um mundo que ou já está fora dos eixos ou para aí caminha, pois é essa a situação humana básica, em que o mundo é criado por mãos mortais e serve de lar aos mortais durante tempo limitado. O mundo visto que feito por mortais, se desgasta, e, dado que seus habitantes mudam continuamente, corre o risco de tornar-se mortal como eles. Para preservar o mundo contra a mortalidade de seus criadores e habitantes, ele deve ser, continuamente, posto em ordem. O problema é simplesmente educar de tal modo que um por-em-ordem continue sendo efetivamente possível, ainda que não possa nunca, é claro, ser assegurado. (ARENDT, 1992, P. 243)
Observa-se, ainda, na sociedade moderna a coexistência do binômio egoísmo e racismo, o antagonismo solidariedade e exclusão social, o paradoxo entre Estados ricos, porém, pobres em recursos naturais, e Estados pobres, mas, riquíssimos em recursos naturais e biodiversidade, a relação ambígua e ambivalente entre a diversificação cultural, populacional como riqueza pela humanidade e a complexidade de ideias e cosmovisões, como fator de divisão e conflitos entre os povos na busca de sua autoafirmação. Em face desta acentuação aparente de abismo entre ricos e pobres, entre Estados desenvolvidos e Estado menos desenvolvidos, ocorrem os conflitos e lutas armadas, guerras sangrentas por diversos motivos, a maioria, ligadas à exploração dos recursos naturais dos Estados menos desenvolvidos para alimentar a indústria ocidental, contribuindo, para tanto, ao crescimento econômico das grandes potências em detrimento dos pobres. Tal exploração acarreta conflitos sangrentos cujos autores se tornam alvo da Justiça Internacional.
1 O título original é Between Past and Future cuja a última edição data de 1968. As referências se referem à tradução de mauro W. Barbosa de Almeida publicada pela Editora Perspectiva S.A em 1992.
1 O título original é Between Past and Future cuja a última edição data de 1968. As referências se referem à tradução de mauro W. Barbosa de Almeida publicada pela Editora Perspectiva S.A em 1992.

Fonte: http://www.domtotal.com/
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